No mês da mulher, especialmente, muitos assuntos são abordados sobre equidade de gênero em diversos setores da sociedade. Ainda há diversas barreiras para as mulheres dentro da construção de cidades inteligentes e a questão cultural interfere diretamente na diferença entre os gêneros, já que sua rotina, geralmente, inclui múltiplos destinos, além do envolvimento de filhos e/ou idosos. Para contribuir com o tema, a Tembici, líder em tecnologia para micromobilidade na América Latina, realizou uma pesquisa com usuárias de seus sistemas de bicicletas compartilhadas.
A pesquisa aponta que saúde física e mental é um fator decisivo alto entre as mulheres. No levantamento, mais de 72% das usuárias concordam que perceberam uma melhora em seu dia a dia quando passaram a pedalar e 80% se sentem mais livres e independentes. Dentre os principais fatores para pedalar, 27% delas destacam, prioritariamente, a importância de ter uma vida mais saudável. Na sequência, os motivadores são considerar o modal um transporte mais rápido e prático (19%) e por ser sustentável (16%).
Para Carolina Rivas, diretora que está à frente do Comitê de Diversidade e Inclusão e da área de ESG da Tembici, para democratizar e pluralizar ainda mais o acesso às bicicletas é preciso resolver as questões de infraestrutura das cidades que ainda priorizam os carros. Além disso, é necessário um olhar atento para as questões de segurança no trânsito, onde o maior sempre deve ter o papel de proteger o menor. “Os investimentos dos poderes públicos em relação à micromobilidade têm impacto direto nos padrões de viagem das mulheres. 44% das respondentes da pesquisa disseram que acham boa a infraestrutura cicloviária em suas cidades, mas que vêem muito potencial de melhorias e mais de 87% se sentem motivadas a pedalar com a disposição de ciclovias em seus trajetos. 54% delas afirmaram que deixariam de usar de vez outros meios de transporte pela bicicleta, se a situação viária melhorasse”, comenta a executiva.
Como foi a metodologia
A Tembici realizou a pesquisa entre a última semana de fevereiro e primeira de março. As respostas foram coletadas de forma online em um questionário enviado aos usuários do projeto Bike Itaú.