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AEA lança Roadmap Tecnológico Automotivo Brasileiro
Mobilidade
Publicado em 15/12/2020

Associação Brasileira de Engenharia Automotiva lançou o whitepaper  “Roadmap Tecnológico Automotivo Brasileiro”, documento histórico elaborado pela Comissão Técnica de Tendências Tecnológicas, com a colaboração de outras sete comissões técnicas da entidade, que envolveu 40 engenheiros automotivos e profissionais do setor, de montadoras, sistemistas, órgãos governamentais, entidades correlatas e academia, e demandou dois anos de estudos, pesquisas e debates.
Em meio à tendência internacional por veículos eletrificados, iniciada há pouco mais de 10 anos, Roadmap Tecnológico Automotivo Brasileiro, com 76 páginas, diagnostica a produção e a comercialização de veículos leves e pesados, levando-se em consideração os capítulos de matrizes energéticas disponíveis no País, emissões, eficiência energética, conectividade e segurança veicular.
“Esse documento histórico agora faz parte da longa trajetória de 36 anos da entidade à frente da condução das principais discussões técnicas do setor automotivo brasileiro. Uma contribuição inestimável”, anuncia Besaliel Botelho, presidente da AEA, para quem “o início da história do automóvel, há mais de um século, teve a eletrificação como protagonista. Mas logo vieram os motores à combustão interna, que se consolidaram. Na última década, porém, a eletrificação veicular voltou a tomar fôlego na Europa, Japão, Coreia, China e parte da América do Norte, a ponto de, em alguns países, daqui a 20 anos, ser decretado o fim dos veículos com motores â combustão”.
“Nesse cenário, como fica o Brasil?”, questiona Botelho, “que, aliás, já significou o quinto maior produtor de autoveículos e o quarto mercado interno do mundo. Este whitepaper parte do princípio de que, diferentemente do restante do planeta, o Brasil é muito rico em matrizes energéticas, em especial por biocombustíveis - etanol e diesel verde - e gás natural e, por ter dimensões continentais, precisa conhecer a realidade da capacidade de investimentos em infraestrutura se considerada somente a eletrificação veicular”.
Para o presidente da AEA, “agora um novo desafio se apresenta ao Brasil. Que caminhos devemos seguir? O da eletrificação, a reboque da tendência internacional? O dos biocombustíveis, somente? Ou ainda podemos trilhar pela complementariedade de tecnologias? Este último nos parece mais plausível, diante de, ao menos, duas realidades: a análise inseparável da obtenção da energia elétrica e dos biocombustíveis do ´poço à roda´ e do custeio da infraestrutura de abastecimento de energética elétrica”.

2020, sob a pandemia
No último encontro virtual com a imprensa de 2020, o presidente da AEA fez um breve balanço sobre as atividades do ano, atípico por conta da pandemia por Covid-19. Segundo ele, “no início da crise, confesso, receava por uma interrupção ainda que temporária do processo de profissionalização da mais importante entidade técnica do setor automotivo brasileiro. Uníssona, a equipe AEA correspondeu às expectativas de coordenar os debates de temas correlatos à cadeia automotiva, de modo virtual e com a participação efetiva e eficaz do Governo, da Academia e demais associações de classe”.
Assim, a atuação da AEA deu continuidade aos debates técnicas de temas como emissões veiculares, eficiência energética, segurança veicular, combustíveis, entre outros, ao receber demandas dos órgãos competentes, debatê-las e devolvê-las com análises e estudos técnicos. Nesse sentido, por meio de nossas comissões técnicas, a AEA manteve o ritmo de respostas à sociedade brasileira, e também por meio de workshops, seminários e simpósios, nacionais e internacionais, e também de cursos técnicos, este ano todos em eventos online.
“Por fim, diante da atipicidade de 2020 e das realizações, ainda que limitadas pelo isolamento social, os associados da entidade me conferiram mais um mandato à frente da presidência da AEA, para o biênio 2021/22, agora com Marcus Vinicius de Aguiar na vice-presidência”, destacou Botelho, para quem a prioridade será dar continuidade ao processo de resgate da engenharia nacional, seguir adiante com o Programa Rota 2030, aperfeiçoamento das legislações automotivas brasileiras e, sobretudo, contribuir com o crescimento das competências locais de desenvolvimento de tecnologias automotivas.

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