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Cidades inteligentes e o desafio de prever o trânsito antes que ele aconteça
Especialista aponta como tecnologias de simulação e análise preditiva podem transformar a mobilidade no Brasil
Por Administrador
Publicado em 14/10/2025 12:03
Mobilidade
Reprodução

Enquanto cidades como Bengaluru, na Índia, desenvolvem modelos digitais capazes de simular o comportamento do tráfego urbano em tempo real, o debate sobre o futuro da mobilidade inteligente ganha força no Brasil. O avanço dos chamados gêmeos digitais — modelos virtuais que replicam o ambiente físico do trânsito para prever gargalos e acidentes — pode ser um marco na transição das cidades brasileiras para uma gestão de tráfego mais eficiente, segura e sustentável.
A discussão e a elaboração de planos de mobilidade para as grandes e médias cidades é urgente. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), os acidentes de trânsito custam cerca de R$ 50 bilhões por ano à sociedade brasileira, somando gastos médicos, perdas produtivas e danos materiais. Além disso, o país ultrapassou a marca de 120 milhões de veículos registrados, de acordo com dados do Denatran (2024) — um crescimento que pressiona ainda mais a infraestrutura urbana.
“O conceito de gêmeo digital aplicado ao trânsito é elevar os sistemas ITS a um novo patamar. Com dados captados por sensores, câmeras OCR e algoritmos preditivos, podemos simular cenários de tráfego, planejar intervenções com base em evidências e reduzir riscos antes que se transformem em congestionamentos ou acidentes reais”, explica Alexandre Krzyzanovski, diretor de Engenharia do Grupo Pumatronix, um dos principais fabricantes nacionais de equipamentos para monitoramento de trânsito e sistemas de transporte inteligente (ITS).
A tecnologia, já aplicada em centros urbanos pelo mundo, permite que gestores públicos testem virtualmente os impactos de novas obras, alterações semafóricas ou bloqueios temporários antes de implementá-los. No Brasil, projetos de fiscalização eletrônica integrada e análise de fluxo veicular em tempo real já preparam o terreno para essa evolução. Para o executivo da Pumatronix, o país reúne condições ideais para acelerar essa transição:
“Temos uma base tecnológica sólida, profissionais qualificados e uma malha urbana com alto potencial de transformação. O próximo passo é conectar dados de diferentes fontes e investir em inteligência preditiva — um movimento que pode reduzir custos, emissões e salvar vidas”, salienta Krzyzanovski.
A adoção de soluções preditivas em mobilidade pode gerar benefícios econômicos expressivos, com redução de tempo de deslocamento, consumo de combustível e emissões de CO₂. Em médio prazo, o impacto positivo tende a se refletir também na produtividade urbana e na qualidade de vida.
“Mais do que controlar o trânsito, o futuro das cidades passa por prever o movimento antes que ele aconteça. O desafio agora é transformar milhões de dados gerados todos os dias em decisões e ações com a agilidade que os grandes centros urbanos precisam — um trânsito inteligente, conectado e, sobretudo, humano”, avalia Krzyzanovski.

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