Empreendedor de Itaperuna-RJ, André Marreiros transformou sua experiência como motorista de aplicativo em um negócio próprio e criou um aplicativo de transporte que já realiza cerca de 8 mil corridas por mês na cidade, com apenas 10 meses de atividade. A MOBI22, criada em novembro de 2024, já mira um aumento de 25% no número de corridas até o fim de 2025.
A iniciativa nasceu da experiência como condutores e dos problemas enfrentados pelos colegas e passageiros dos apps dominantes no mercado, como tarifas imprevisíveis, cancelamentos frequentes, insegurança e falta de suporte. “Os aplicativos existentes não ofereciam gestão nem segurança para motoristas e passageiros, então percebi que havia espaço para algo diferente”, explica André.
Com investimento inicial de R$ 8 mil, aplicado em marketing digital, panfletagem e contratação da Machine — software white label da Gaudium voltado para mobilidade e entregas —, a MOBI22 precisou superar o ceticismo local. A estratégia adotada focou em transparência, valorização dos motoristas e atendimento próximo via WhatsApp. Hoje, todos os parceiros são da cidade, passam por checagem e recebem suporte contínuo.
O modelo de operação também se diferencia financeiramente. As tarifas são fixas, com corrida mínima de R$ 10 para passageiros e R$ 9 de ganho mínimo para motoristas. A taxa cobrada pelo aplicativo é de 10%, bem abaixo das concorrentes, que chegam a 30%. Incentivos adicionais, como parcerias com postos e oficinas, ajudam a reduzir custos dos motoristas, alguns dos quais faturam entre R$ 4 mil e R$ 5 mil por mês.
Para reduzir o número de corridas perdidas, os sócios implementaram incentivos que garantem que 85% das corridas solicitadas sejam atendidas. “A demanda é recorrente, impulsionada pelo transporte público limitado, universidades locais e uma vida noturna ativa. Os passageiros vão de jovens universitários a senhoras que preferem solicitar corridas pelo WhatsApp, com atendimento personalizado”, destaca.
O objetivo da empresa é fechar 2025 com faturamento bruto superior a R$ 10 mil por mês, além de diversificar receitas com publicidade nos carros e parcerias para renovação de frota. A expansão para cidades vizinhas também está nos planos.