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Brasil inspira soluções para crise europeia com o Mover
O Mover (Programa de Mobilidade Verde e Inovação), sancionado há pouco mais de um ano pelo Governo Federal, se mostrou uma fórmula eficiente para conciliar sustentabilidade com desenvolvimento industrial; na opinião do CEO da Horse Powertrain, Brasil se torna referência global em política industrial automotiva
Por Administrador
Publicado em 21/08/2025 12:12
Sustentabilidade
Matias Giannini - Divulgação

Diante da crise que afeta a competitividade da indústria automotiva europeia, o Brasil desponta como exemplo de como alinhar descarbonização, desenvolvimento econômico e atração de investimentos. É o que defende Matias Giannini, CEO da Horse Powertrain, líder mundial em soluções de propulsão híbrida e a combustão de baixa emissão, ao analisar os desafios enfrentados pela União Europeia e as soluções bem-sucedidas adotadas pelo Brasil.
De acordo com Mario Draghi, ex-presidente do Banco Central Europeu e ex-Primeiro-Ministro da Itália, em seu relatório apresentado à Comissão Europeia, em setembro de 2024, a Europa precisa investir cerca de €800 bilhões por ano em setores estratégicos para manter sua competitividade econômica, sendo a indústria automotiva uma das prioridades. O documento alerta que, sem uma política industrial robusta, a participação da Europa na produção global de veículos — que já caiu de 31% em 2000 para 15% em 2024 – pode chegar em 12% até 2027, segundo a ACEA (Associação Europeia dos Fabricantes de Automóveis).
“O próprio relatório aponta que a Europa aplicou uma política climática sem uma política industrial. E é exatamente o oposto do que o Brasil vem fazendo”, explica Matias Giannini.
O executivo destaca que o Brasil encontrou uma fórmula eficiente para conciliar sustentabilidade com desenvolvimento industrial, graças ao Mover (Programa Mobilidade Verde e Inovação), sancionado há um ano, pelo Governo Federal. O programa estabelece um marco regulatório claro, de longo prazo, com incentivos fiscais, estímulo à pesquisa e desenvolvimento (P&D), 
além de uma metodologia avançada de contabilidade de carbono, baseada na avaliação de ciclo de vida dos veículos.
Essa estratégia tem dado resultados expressivos. A produção de veículos realizada no país até julho cresceu 6% sobre a mesma base de 2024, apontou os dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). Ao todo saíram das linhas no acumulado dos sete meses 1,4 milhão de unidades. Apenas em julho as linhas produziram 238 mil unidades, 15,7% a mais sobre junho e 3,6% a menos do que em julho do ano passado. Foi o melhor resultado mensal do ano e o melhor em oito meses. E projeta 2,765 milhões de emplacamentos no ano, o que representa um acréscimo de 5% sobre as vendas de 2024
“Investidores e fabricantes precisam de segurança regulatória. Leva mais de cinco anos para que um veículo saia do projeto e chegue ao mercado. É fundamental que exista clareza sobre as regras dos próximos dez anos. E o Mover oferece isso”, ressalta Giannini.
Outro diferencial do Brasil, segundo o executivo, é a adoção de uma política de neutralidade tecnológica, que não privilegia uma única solução de propulsão. Diferentemente da Europa, que apostou quase exclusivamente na eletrificação, o Brasil incentiva múltiplas tecnologias de baixo carbono, como biocombustíveis, híbridos flex, elétricos e alternativas sustentáveis.
Ainda segundo a Anfavea, a participação de eletrificados leves nas vendas subiu de 6,7% para 10,9% em um ano, com uma presença cada vez mais relevante de veículos híbridos brasileiros nesse montante.
“O Brasil demonstra que é possível reduzir emissões de carbono sem destruir sua cadeia produtiva ou perder competitividade. E faz isso levando-se em conta sua matriz energética limpa, seus biocombustíveis e uma política industrial coerente”, reforça.
O relatório Draghi, inclusive, recomenda que a Europa adote até 2025 uma metodologia baseada em Análise de Ciclo de Vida (LCA) — prática já consolidada no Brasil com o Mover. Isso permite avaliar as emissões desde a fabricação até o descarte dos veículos, além de considerar a pegada de carbono dos combustíveis.
“O Brasil oferece uma lição clara: é possível combinar descarbonização com desenvolvimento industrial, geração de empregos e atração de investimentos. É um modelo que pode, sim, inspirar a Europa nesse momento”, conclui o CEO da Horse Powertrain.

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