A construção do Ramal Ferroviário Serra Azul, a shortline (pequeno trecho ferroviário), que ligará a Região Metropolitana de Belo Horizonte à MRS Logística S.A, no Rio de Janeiro, promete revolucionar o escoamento mineral no Brasil. O projeto, liderado pela Cedro Participações – holding brasileira com atuação diversificada e negócios em mineração, agronegócio, logística, real estate e saúde – além de contribuir para a descarbonização do transporte de cargas, irá retirar mais de 5 mil carretas que trafegam pela Rodovia Fernão Dias, o principal trecho rodoviário entre Minas Gerais e São Paulo.
Com investimento de R$ 1,5 bilhão, o empreendimento tem início das obras previsto para 2027 e operação em 2030. Além de ampliar a capacidade logística do País, a nova ferrovia deve aliviar o tráfego da Rodovia Fernão Dias — uma das mais movimentadas do Brasil, com cerca de 250 mil veículos por dia, segundo a Arteris, concessionária responsável pela via. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), mais de 7 mil acidentes foram registrados no trecho nos últimos três anos, sendo 440 com vítimas fatais.
A shortline também representa um alívio significativo para a infraestrutura viária, contribuindo para melhorar a fluidez do trânsito, diminuindo o desgaste da pavimentação, e, principalmente, reduzindo drasticamente os índices de emissão de CO₂, ruído e acidentes. Segundo uma estimativa do Sistema de Estimativas Emissões de Gases (SEEG), o modal ferroviário pode emitir até 88% menos gases de efeito estufa por tonelada transportada em comparação ao modal rodoviário. A iniciativa também ajuda a corrigir um dos principais gargalos da logística brasileira: a forte dependência das rodovias, que ainda respondem por cerca de 65% do transporte de cargas no país, segundo a Confederação Nacional do Transporte (CNT).
“O Ramal Ferroviário Serra Azul representa uma mudança de paradigma para toda a cadeia logística que conecta Minas Gerais ao litoral fluminense. A retirada de milhares de carretas por dia da Rodovia Fernão Dias será um marco para a mobilidade, para o meio ambiente e para a logística nacional”, reitera Lucas Kallas, fundador e presidente do Conselho Cedro Participações.
O projeto terá 26,5 quilômetros de extensão, estando conectado à MRS Logística S.A, uma das principais ferrovias em operação no Sudeste do país, o que encurtará o escoamento da produção de minério de ferro. Isso permitirá que a Cedro amplie sua capacidade exportadora, como também aumente a competitividade do minério brasileiro no mercado internacional com menor custo logístico e maior eficiência no fluxo de embarques.
A iniciativa faz parte do projeto da Cedro de transformar o setor mineral por meio de soluções sustentáveis e inovadoras, como reforça Kallas. “Queremos mostrar que é possível crescer, gerar riqueza para o país e ainda assim reduzir impactos. Este projeto é parte do nosso compromisso com um futuro mais eficiente e limpo”, conclui o fundador e presidente do Conselho Cedro Participações.
