A Akad Seguros chegou perto de dobrar o número de apólices emitidas para seu seguro de bicicletas em 2022. A companhia, pioneira no Brasil em produtos digitais de proteção para bikes, registrou um número recorde superior a 75 mil apólices no ano passado. Em 2021, as apólices eram de pouco mais de 39 mil.
Especialistas da área de mobilidade da seguradora atribuem a alta expressiva na procura pelo seguro ao sucessivo aumento no número de roubos de bicicletas. Só em 2021 foram registrados aproximadamente 388 mil furtos de bikes em todo País, segundo dados do módulo Furtos e Roubos, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo IBGE.
A Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP) já havia informado que a capital também registrou aumento no número de roubos e furtos de bicicletas entre 2020 e 2021, durante a pandemia de Covid. Em todo ano de 2020 foram feitos 2.512 registros. Já em 2021 foram 3.057, o que representa um aumento de 21%. Os dados de 2022 ainda não foram divulgados.
Na avaliação da Akad, as seguradoras ainda devem continuar aproveitando o bom momento do mercado de bikes, que mudou significativamente com a chegada da pandemia em 2020. Segundo dados da Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Bicicletas), a produção de bicicletas das fabricantes instaladas no PIM (Polo Industrial de Manaus) chegou a 749.320 unidades em 2021. Em 2022 o número foi menor, com 599.044 bikes saindo da linha de montagem, mas a associação pondera que os estoques nas lojas e nos centros de distribuição continuaram abastecidos.
A Abraciclo destacou ainda que as fabricantes estão adequando o planejamento das unidades fabris para atender uma nova demanda do mercado, que pediu por modelos de médio e alto valor agregado. Prova disso são as bicicletas elétricas, que tiveram um aumento de 5,4% na produção em comparação com o ano anterior.
Segundo o diretor de Linhas Financeiras da Akad Seguros, Fernando Gonçalves, o valor médio das bicicletas seguradas ainda é alto: R$ 15 mil. “Hoje em dia o quadro de uma bike pode facilmente chegar a R$ 8,5 mil”, exemplifica Gonçalves. “O ciclista de alta performance já tem consciência do valor embarcado do produto, mas queremos levar a importância do seguro também para o público mais casual”, projeta.
Já a head de Vendas Corporativas das companhia, Mariana Miranda, conta que uma das principais estratégias da seguradora vem sendo a expansão de parcerias com fabricantes, varejistas, grupos de ciclistas e portais de assessoria esportiva. Uma vez que o seguro bike da Akad é disponibilizado em um modelo totalmente digital, a companhia pode ampliar o alcance do produto para mais canais de vendas, além de acelerar a emissão da apólice.
O seguro da Akad foi projetado para bikes novas ou usadas, originais ou modificadas. A proteção atende até mesmo ciclistas que não possuem a nota fiscal da bicicleta. A cobertura inclui roubo ou furto qualificado em todo Brasil, danos em acidentes, Responsabilidade Civil, transporte e participação em competições.
Outra iniciativa da Akad para aproveitar o mercado aquecido foi a criação do Bike Mulher no ano passado, seguro especialmente desenvolvido para as ciclistas com uma série de serviços de assistência e descontos que chegam a 15%.
A seguradora conta ainda com outras opções de produtos. O Seguro Bike tradicional oferece proteção contra danos decorrentes de acidentes, danos a terceiros, roubo e furto qualificado para modelos de bicicletas entre R$ 1,5 mil e R$ 100 mil. Já o Bike Basic, voltado para os modelos mais simples, entre R$ 300 e R$ 5 mil, com cobertura contra roubo e furto qualificado. “São valores elásticos e democráticos para ciclistas de todos os estilos”, avalia Mariana.
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