Setembro é um mês de extrema relevância para a conscientização da segurança viária no Brasil. No próximo dia 18 começa a Semana Nacional do Trânsito, que traz inúmeras iniciativas que visam promover um trânsito mais seguro em nossas ruas e estradas. A Pirelli apoia essa causa e reforça seu compromisso global, junto ao Fundo das Nações Unidas para a Segurança Viária, há quatro anos, em melhorar as boas práticas de convivência no trânsito.
“A empresa é a primeira fabricante do segmento a aderir a causa. Recentemente a Pirelli reafirmou seu compromisso durante o Evento de Compromisso de Fundos organizado em Nova York (EUA) pela UNRSF – sigla em inglês para United Nations Road Safety Collaboration – para o qual a Pirelli já doou US$ 800.000 ao longo dos anos, com o objetivo de apoiar iniciativas globais de segurança rodoviária”, comenta Roberto Falkenstein, diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Pirelli na América do Sul.
Pensando neste compromisso, a Pirelli separou algumas dicas que irão contribuir para um trânsito cada vez mais seguro:
Manutenção preventiva
A manutenção preventiva também faz parte da educação no trânsito, pois evita, por exemplo, que os demais motoristas sejam prejudicados por um carro parado na via por falta de cuidados simples. Nesse contexto, alguns procedimentos periódicos em relação aos pneus contribuem para melhorar o conforto e a segurança, não só do condutor e passageiros, mas de todos. O ideal é calibrá-los semanalmente, sempre a frio, e checar o estado dos pneus periodicamente, entre outros cuidados.
Para verificar outros itens de segurança além dos pneus, como freios, suspensão e amortecedores, é recomendado que o motorista se dirija até uma das centenas de Pirelli Performance Centers espalhadas por todo o país, onde profissionais treinados darão toda a assistência. Os problemas encontrados com mais frequência pelos consultores da Pirelli quando o cliente leva o carro nas revendas autorizadas para fazer a manutenção, são: desgaste irregular dos pneus, vibração no volante causada por falta de balanceamento e pressão abaixo do recomendado. Abaixo, algumas dicas simples para contornar estes problemas.
Checagem dos pneus
Pneus gastos perdem a aderência, podendo derrapar em pista suja ou curvas muito fechadas. E em superfície molhada aumentam o risco de aquaplanagem, pois a capacidade de drenagem de água dos pneus fica reduzida. Por isso é importante checar sempre o estado dos quatro pneus e do estepe também.
O próprio motorista pode verificar se a profundidade dos sulcos da banda de rodagem está inferior a 1,6 mm (o TWI – Tread Wear Indicator), por meio de pequenos “ressaltos” presentes na base dos sulcos. A sigla é impressa bem visível no pneu na região do “ombro” do pneu. A medida mínima da profundidade dos sulcos foi definida por órgãos reguladores internacionais. É um padrão mínimo para que o pneu possa escoar a água em piso molhado.
Calibagem
Se o motorista trafegar com um pneu com pressão insuficiente, pode acontecer o superaquecimento por causa do excesso de flexões, o que prejudica a estrutura e pode acarretar sérios problemas de segurança.
Trafegar com excesso de pressão também traz problemas. Quando o pneu está mais duro, a suspensão torna-se desconfortável e, numa situação extrema, pode perder a aderência, pois ele se apoia mais na parte central da banda de rodagem e as laterais perdem contato com a pista.
Por isso é importante sempre trafegar com a pressão correta nos pneus. Esta informação está indicada no manual do proprietário, fornecido junto com o carro. Esses valores podem estar na parte interna da tampa do tanque de combustível e no batente da porta do motorista, inclusive com indicação para meia carga e carga inteira.
Rodízio
Para que todos os pneus montados num mesmo veículo se desgastem por igual, a recomendação é fazer um rodízio a cada 10 mil quilômetros. Mas se houver desgaste irregular entre os quatro pneus, mas não ao ponto de exigir a substituição deles, a recomendação é colocar os que estão em melhor estado no eixo traseiro, independentemente se o carro possui tração traseira ou dianteira. A razão é que é mais fácil o motorista corrigir a trajetória se acontecer perda de controle do eixo dianteiro, seja por um pneu estourado ou por aquaplanagem.
Alinhamento e balanceamento
O balanceamento e alinhamento precoces são outros aspectos fundamentais associados à segurança e durabilidade dos pneus. O primeiro, quando ideal, evita vibrações prejudiciais aos componentes mecânicos da suspensão e o rápido desgaste dos pneus. A substituição de um ou mais pneus requer a verificação do balanceamento para evitar os problemas citados acima. Em caso de substituição, vale a pena lembrar que na troca de dois dos quatro pneus, é aconselhável colocar os pneus novos no eixo traseiro, que não está associado à direção, independentemente do tipo de tração. Essa medida, com a vantagem de não haver qualquer intervenção direta nas rodas dianteiras, permite obter maior controle em superfícies molhadas ou durante as fases de desaceleração e manter um alto nível de segurança durante as manobras. Seja qual for o caso, a eficiência dos pneus dianteiros deve estar sempre bastante elevada.
Passando para o alinhamento, o impacto com calçadas, buracos na pista, objetos pontiagudos, irregularidades de todos os tipos também podem comprometer a ação do sistema de suspensão e a dinâmica do veículo, sempre em detrimento da segurança. Portanto, este também é um fator fundamental na eficiência geral da direção, razão pela qual recomendamos sempre realizar revisões preventivas antes de partir em viagens longas ou sempre que sentir alguma anomalia no comportamento do veículo.
A Pirelli recomenda fazer o balanceamento rodas e o alinhamento do veículo em, no máximo, até 10 mil quilômetros. Se o uso for mais severo, pode-se fazer essas verificações de 5 em 5 mil quilômetros.
“Mandamentos da Pirelli para o pneu durar mais"
- Nunca altere a pressão dos pneus enquanto eles estiverem quentes devido à utilização, pois a pressão normalmente se altera devido ao aquecimento;
- Calibre os quatros pneus e o estepe semanalmente, de acordo com a pressão de ar recomendada no manual do fabricante, quando ainda estiverem frios;
- Balanceie as quatro rodas e alinhe o veículo a cada 10.000 km, no máximo. Faça o balanceamento, também, quando efetuar a troca dos pneus ou sempre que forem sentidas vibrações;
- Faça rodízio a cada 10.000 km, no máximo, ou de acordo com o recomendado no manual do fabricante do veículo ou nos materiais expostos nos revendedores;
- Verifique o estado geral dos pneus periodicamente, após impactos e/ou identificação de desgastes irregulares;
- Os pneus devem ser trocados sempre que a banda de rodagem atingir um gasto próximo às marcas do TWI, mesmo que em apenas um ponto da banda;
- Sempre que for trocar os pneus respeite a equivalência de medidas, dimensões, bem como os índices de carga e de velocidade;
- Monte os pneus em aros corretos e em perfeito estado;
- Quando ocorrerem impactos ou perfurações verifique também o lado interno do pneu, aquele que fica para dentro do veículo, e, no caso do aparecimento de uma bolha em qualquer uma das laterais, troque-o imediatamente;
- Nunca estacione sobre manchas de óleo ou solvente, pois eles causam danos aos pneus;
- O estilo de direção e a velocidade afetam diretamente a durabilidade e a vida útil dos pneus.
Foto: Divulgação Pirelli