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Retrofit de robôs é mais uma atividade da Refactory da Renault, na França
20/07/2022 08:25 em Tecnologia

No final de 2020, a fábrica a Renault na cidade francesa de Flins fez uma mudança radical em sua estratégia, para se dedicar totalmente à economia circular. Assim nascia a Refactory. Reconhecida pelo trabalho de recondicionamento de veículos usados, ela se insere na estratégia do Renault Group de gerar valor durante todo o ciclo de vida dos modelos de suas marcas. Mas os veículos não são os únicos a se beneficiar desta transformação. A Refactory de Flins também recebeu uma nova oficina dedicada ao retrofit de robôs. Nossos especialistas no assunto revelam como é possível recuperar até vinte anos da vitalidade dos equipamentos industriais do Grupo.

Nova oficina dedicada ao retrofit de robôs na Refactory de Flins
Na ReFactory de Flins, dezenas de robôs fazem fila para passar por uma metamorfose. O destino deles nos faz lembrar o personagem principal de “O Curioso Caso de Benjamin Button” – filme baseado no conto de F. Scott Fitzgerald – que, ao atingir a idade adulta, começa a rejuvenescer...
Isso é possível graças ao polo de Retrofit, responsável por recondicionar os equipamentos que voltarão para a linha de produção. Só neste ano, já foram transformados 40 robôs, que participarão do lançamento de importantes projetos, como o Novo Mégane E-TECH Electric em Douai. Vamos agora conhecer esta atividade de “rejuvenescimento”, começando pelo setor onde tudo começou.

Compartilhando robôs em Sandouville, Maubeuge e Douai
Parece até uma reunião de aposentados. No setor de Nathalie, Gerente de Ferramentaria em Flins, reúne-se uma série de robôs inutilizados, vindos das fábricas de Sandouville, Maubeuge e Douai. Anteriormente, cada fábrica fazia o retrofit de alguns robôs de seu próprio parque industrial, mas hoje esta atividade está centralizada na Refactory, que conta com pessoal especializado e a expertise de uma área dedicada. A previsão é que a equipe dobre de tamanho até 2023, chegando a oito técnicos e um responsável pela programação.
Depois de passarem por uma limpeza completa, os robôs são minuciosamente inspecionados pelos especialistas em robótica, que fazem o diagnóstico necessário a esta revitalização. Na Refactory, são necessárias aproximadamente 40 horas para fazer o retrofit de cada robô, incluindo a troca do circuito impresso, fiação, motor e braço preensor.

Cada robô é inspecionado pelos especialistas em robótica, que fazem o diagnóstico necessário à revitalização.
Os robôs que chegaram aqui em 2021 vieram da fábrica de Maubeuge, depois da descontinuação do modelo anterior do Kangoo e início da produção da nova versão, em uma nova linha. Com isso, foram desmontados os 18 primeiros robôs de solda e movimentação de materiais, sendo posteriormente encaminhados a Flins para uma sessão de revitalização. Depois de recondicionados, eles assumirão uma nova missão na fábrica de Douai, onde trabalharão na montagem do Novo Mégane E-TECH Electric.

Após o retrofit, os robôs estão prontos para partir
“Ao concentrar as atividades de retrofit dos robôs neste local, reduzimos os investimentos em novos projetos e custos de reparação. Esta atividade também permitiu reduzir os prazos de entrega em até 20 semanas, principalmente em comparação com os robôs novos, que têm um prazo de entrega cada vez maior”, conta Nathalie, gerente de Ferramentaria em Flins.

Metamorfose em etapas
São necessárias várias etapas preliminares antes do retrofit propriamente dito, como documentar as datas do final de produção dos modelos, definir as datas de reinstalação e centralizar as necessidades das fábricas. Esta é a função do Gabriel, engenheiro especializado no ciclo de vida de equipamentos industriais, que coordena toda a atividade de inventariação junto com seus pares nas fábricas, além de atender os futuros clientes internos. Depois desta primeira etapa de alocação, a equipe de retrofit faz a desmontagem, transporte e transformação, incluindo limpeza, troca de lubrificantes e componentes, atualização de sistemas, testes de precisão e resistência, atividades que são concluídas com a embalagem e expedição. Todas estas etapas são necessárias para garantir uma metamorfose bem-sucedida dos equipamentos de produção.

Verificação do funcionamento dos eixos de um robô
Próxima parada: Espanha
Com apenas um ano em funcionamento, o novo setor de retrofit de robôs já é um sucesso e os pedidos não param de chegar. A Espanha também já entrou na fila de espera para renovar parte do setor de estamparia da fábrica de Valladolid, com um pedido de 6 robôs (4 deles para operações de aperto) que serão fornecidos por Sandouville, depois de passarem pelo retrofit em Flins. Até o setor de retrofit de robôs pretende passar por uma renovação para dar conta de tantos pedidos. Em julho, ele será ampliado para contar com uma capacidade maior de produção. Enquanto isso, alguns robôs estão sendo preparados para trabalhar na produção de um modelo bastante aguardado: o futuro Renault 5 elétrico, que será fabricado em Douai, no polo ElectriCity, dedicado aos veículos elétricos.
O setor de retrofit de robôs será ampliado em julho, para aumentar sua capacidade de produção
“Aproveitamos todas as oportunidades para aumentar nossa capacidade de fornecer robôs e atender as necessidades das fábricas do Grupo. A partir de 2023, nosso objetivo é realizar o retrofit de mais de 170 robôs a cada ano, para atender as demandas dos projetos do polo ElectriCity. Esta atividade permitirá gerar uma economia de 3 milhões de euros por ano”, explica Pascal, especialista em Engenharia de Processos de Montagem.
Além de constituir um ciclo economicamente virtuoso, esta nova atividade está alinhada aos desafios de transição ecológica e consumo mais sustentável. Comprar menos, trabalhar no reaproveitamento de produtos já existentes e criar um novo modelo industrial com foco na economia circular fazem parte dos compromissos prioritários do Renault Group.

Foto: Divulgação Renault Group

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