Em colaboração com o Instituto de Tecnologia de Tóquio, a Nissan Motor Co., Ltd. desenvolveu materiais sólidos de conversão ascendente de fótons (UC) com excelente desempenho e que podem melhorar a eficiência da fotossíntese artificial.
Pela fotossíntese artificial a molécula da água é dividida em oxigênio e hidrogênio. O hidrogênio então reage com o CO² (dióxido de carbono) para produzir compostos brutos, como olefinas, para resinas.
A Nissan pretende atingir a neutralidade de carbono ao longo do ciclo de vida dos seus produtos até 2050. Esta nova tecnologia contribuirá para os objetivos da Nissan ao potenciar a utilização/captura de CO² como matéria-prima, o que pode reduzir a dependência de combustíveis fósseis na fabricação de resinas e outros produtos.
Os sólidos de UC recentemente desenvolvidos convertem a luz de comprimento longo de onda, atualmente desperdiçada, em luz de comprimento de onda curto, que pode ser usada em uma variedade de aplicações de fotossíntese artificial. A conversão é de alta eficiência (até aproximadamente 30% do limite teórico de UC) mesmo em fraca irradiação solar.
Os novos materiais UC são sólidos estáveis que podem continuar a funcionar mesmo quando o oxigênio está presente. Eles aumentam a quantidade de energia luminosa disponível para a fotossíntese artificial quando combinados com fotocatalisadores. Os materiais convencionais de UC são, frequentemente, soluções de solventes orgânicos inflamáveis que, mesmo quando solidificados, têm sua eficiência e durabilidade à irradiação de luz geralmente reduzida. Isso muitas vezes exige um ambiente livre de oxigênio, bem como luz incidente de alta intensidade.
Mais detalhes dessa tecnologia estão descritos na edição de dezembro de 2021 da “Materials Horizons”, revista acadêmica da Royal Society of Chemistry (Reino Unido).
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