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Votação na Câmara Federal pode provocar apagão rodoviário para 27 milhões de brasileiros
Mobilidade
Publicado em 16/12/2021

A oportunidade de conexão rodoviária interestadual está sob forte ameaça. O possível encerramento de 15 mil linhas de ônibus coloca em risco a abertura de mercado trazida pela inovação no setor de transportes terrestres. Sem o atendimento das empresas de ônibus que atuam nessas rotas, a população fica refém do sistema precário, caro e arcaico.
Mais de 27 milhões de brasileiros que tiveram a oportunidade de se deslocar de forma ágil e direta para outros estados, poderão perder a conexão rodoviária federal. Enquanto a sociedade acelera rumo ao desenvolvimento e inovação, alguns políticos e empresários insistem em retroceder. O PL 3819/2020 insere barreiras ao mercado competitivo, menosprezando oportunidades de concorrência.
De acordo com dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), as autorizações concedidas a partir de 30 de outubro de 2019 permitiram novas regras de exploração dos transportes terrestres coletivos. O estado de Minas Gerais, por exemplo, que possui a maior malha rodoviária do Brasil, teve um aumento significativo para novos destinos. Mais de 11 milhões de pessoas puderam contar com novas rotas, o que conecta 50% da população com outros estados do país. São 110 cidades ligadas para outras oportunidades e destinos.
Outro dado de destaque apresentado pela ANTT são as conexões no estado do Paraná. São 104 cidades beneficiadas com novas conexões rodoviárias interestaduais. Ao todo, mais de sete milhões de pessoas estão aptas para viagens com destino interestaduais.
Na Bahia, se a matéria for aprovada, 44 municípios ficarão de fora do mapa rodoviário, somando-se 1,5 milhão de pessoas prejudicadas.
A iniciativa pode acarretar em prejuízo para as pessoas que se deslocam, por exemplo, para trabalhar, estudar ou até mesmo buscar atendimento médico. O projeto de lei coloca em risco um cenário que foi conquistado graças ao mapeamento de oportunidades e aos novos negócios, promovido por pequenas e médias empresas.

Exemplos de municípios que serão prejudicados no deslocamento por transporte rodoviário interestadual
Minas Gerais: Além Paraíba, Alfenas, Ituiutaba, Planura, Araguari, Uberlândia, Uberaba, Barbacena, Barroso, Manhumirim
Bahia: Capim Grosso, Senhor do Bonfim, Salvador, Feira de Santana
Espírito Santo: Linhares, Serra, Fundão, Ibatiba, Guarapari, Colatina, João Neiva
São Paulo: Santos, Embu, São Carlos, Guaratinguetá, Campinas, Americana, Praia Grande, Ribeirão Preto, Coronel Macedo

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