Manter a revisão do carro em dia é condição não apenas para assegurar o funcionamento correto dos componentes, mas também para contribuir com a preservação ambiental. Segundo a NGK, multinacional japonesa fabricante e especialista em velas de ignição, é fundamental o motorista atentar para pequenas falhas de funcionamento que podem aumentar o consumo de combustível e a emissão de gases poluentes.
Velas de ignição
De acordo com Hiromori Mori, consultor de Assistência Técnica da NGK, as velas de ignição são itens que desgastam durante o funcionamento do motor. Por isso, as montadoras recomendam nos manuais dos veículos uma determinada quilometragem para a troca. “Quando desgastadas, as velas também interferem na vida útil de outros componentes, como cabos e bobinas de ignição”, afirma. Caso não possua o manual de manutenção do veículo, o ideal é fazer a inspeção da vela uma vez por ano ou a cada 10 mil km, o que ocorrer primeiro.
Sensor de oxigênio
Uma dica para o motorista é pedir para o mecânico de confiança observar durante a revisão como está o ajuste de longo prazo da mistura. De forma simples, este ajuste indica quanto de correção o sistema de injeção está precisando aplicar no tempo de injeção, ou seja, na massa de combustível injetado. Quando o ajuste está muito alto, indica que há algo de errado no sistema de injeção. “A verificação é muito simples e realizada por meio de um scanner automotivo. Esta informação é baseada nas informações do sensor de oxigênio”, aponta. Pelo menos uma vez por ano ou a cada 30 mil km, o reparador deve verificar o correto funcionamento do sensor de oxigênio, bem como o ajuste de mistura.
Mori explica, ainda, que a garantia de níveis menores de emissão está diretamente ligada ao motor em funcionamento correto, ou seja, dentro dos padrões de calibração. “O motorista pode pedir para o mecânico de confiança que siga o plano de manutenção recomendado pela montadora no manual do veículo. Problemas nos sistemas de ignição e injeção, além de afetar as emissões, impactam no consumo de combustível”, alerta.
Em razão do período de vigência da inspeção veicular em algumas cidades como São Paulo, muitas oficinas possuem equipamento de análise de gases, que pode ser utilizado para checar se o veículo tem algum problema de emissão de poluentes, de acordo com especialista.
O jeito de dirigir também importa
Além de manutenções preventivas, o motorista pode adotar hábitos simples que contribuem com a preservação ambiental. “Calibrar sempre os pneus, manter o veículo alinhado e até mesmo mudar a forma de dirigir são recomendações. Acelerações e frenagens mais suaves e uso de velocidade constante favorecem a economia de combustível e a redução da emissão de gases”, finaliza o consultor de Assistência Técnica da NGK.