A necessidade de uma maior segurança para as mulheres passageiras e motoristas nos apps de mobilidade e transporte foi o que motivou as três sócias Ana Maria, Cristiane Bernardes e Larissa Colombo a fundarem o Drivers Mulheres. O aplicativo que garante exclusividade feminina na locomoção promove um maior conforto entre as mulheres na viagem, já que essas não precisam se preocupar com algum medo relacionado ao sexo oposto.
De acordo com dados divulgados pela Uber, em 2018 foram relatados mais de 3 mil casos de assédio no app, de modo que, destes, 235 resultaram em estupro, segundo a matéria. Desse modo, embora seja comum também outros tipos de crimes e perigos nessa modalidade de transporte, a situação é ainda pior para as mulheres.
Uma vez que a figura feminina é, geralmente, por razões biológicas, mais fácil de ser atacada, “as mulheres são alvos de assédios recorrentes nas plataformas de locomoção”, afirma Cristiane Bernardes, uma das diretoras do Drivers Mulheres. Por isso, o aplicativo de mobilidade urbana oferece uma maior segurança a elas, já que, transporta somente passageiras e motoristas mulheres.
De acordo com a empresa, em decorrência da pandemia do coronavírus e com o intuito de ajudar ainda mais as mulheres, o app não está cobrando nenhuma taxa às motoristas, de modo que todo o lucro arrecadado das corridas são direcionadas às profissionais. Assim, as diretoras explicam ainda que, embora em São Paulo e algumas outras regiões essa ideia já esteja em circulação, em Curitiba o projeto ainda não tinha sido efetivado. Por isso, para trazer mais segurança e comodidade às curitibanas, o Drivers Mulheres foi lançado ao mercado em 2020.
Embora estejam com mais de 1000 motoristas cadastradas na plataforma, “ainda existe muita procura para pouca demanda. Ou seja, por vezes acontece da passageira solicitar uma motorista e essa não poder ser atendida ou demorar para se encontrar com o veículo, já que a quantidade de profissionais trabalhando ainda não é o suficiente para atender a todas as passageiras”, afirma Ana Maria.
Desse modo, “o app está sempre de portas abertas para receber novas profissionais, seja para complementar a renda ou ainda para manter uma rotina diária de corridas”, explica Larissa Colombo, sócia proprietária. Assim, principalmente tendo em vista um momento de pandemia, no qual muitas mulheres estão desempregadas, a plataforma oferece uma oportunidade única e segura de trabalho.