O sistema de fretamento colaborativo de ônibus - pelo qual os passageiros dividem a conta final do frete - está mudando definitivamente o mercado de viagens rodoviárias no País. Os preços menores do que os praticados nas rodoviárias atraem mais gente, inclusive quem antes não podia pagar pelas passagens. Com mais pessoas ingressando no sistema a cada mês, o fretamento colaborativo ganha impulso, girando a roda desse novo modelo que cada vez mais tem potencial de chegar a pontos e destinos antes ignorados pelas viações das rodoviárias. São justamente as engrenagens desse círculo virtuoso que revela a primeira grande pesquisa já realizada com usuários desse mercado.
O levantamento foi realizado com 2.730 usuários da Buser, a maior plataforma tecnológica de fretamento colaborativo do País, que une viajantes a pequenas e médias empresas de ônibus. Das 800 mil viagens intermediadas pela plataforma de dezembro de 2020 a fevereiro deste ano, a pesquisa aponta que 160 mil não teriam acontecido se não fosse a plataforma de transporte colaborativo, mostrando que a startup vem preenchendo lacunas do setor tradicional e fomentando a economia em tempos de crise. Por mês, são em média 53 mil novas viagens impulsionadas pela Buser.
Realizado para mapear o perfil de uso do fretamento colaborativo no País, o levantamento também traçou o perfil de renda dos viajantes: 64,2% da base é composta por pessoas com renda individual de até três salários mínimos. Quando se analisa a renda familiar, esse percentual cai um pouco, mas ainda é alto: são 44% com renda familiar de até três salários mínimos e 21,7% com renda de três a cinco salários mínimos. Em resumo: 70% dos usuários são de famílias de renda de até cinco salários mínimos. Ou seja, um público para o qual o preço da viagem é decisivo.
“Os números mostram que o modelo de fretamento colaborativo está trazendo novos públicos para os ônibus, e de fato democratizando o mercado de viagens”, afirma Marcelo Abritta, CEO da Buser. "Nosso modelo de viagens compartilhadas, nas quais os passageiros dividem a conta final do frete e com o valor das passagens até 60% mais baratas do que nas rodoviárias, vêm mudando a realidade das pessoas de baixa renda no Brasil”, afirmou o fundador da startup.
A Buser hoje conta com mais de três milhões de usuários cadastrados e já superou a marca de 2 milhões de passageiros transportados por todo o país. Agora, a empresa está investindo em um projeto de expansão em parceria com empresas que operam dentro das rodoviárias, o que permitirá a criação de ainda mais destinos.