O ano passou começou com um desafio para a startup de compartilhamento de carros moObie: ser o marketplace oficial das pequenas e médias locadoras espalhadas pelo país. Com o começo da pandemia e uma redução de 30% no crescimento, a rede buscou soluções dentro da plataforma para ajudar os usuários e recuperar o faturamento. A virada de chave veio com uma estratégia que seguia o caminho inverso da concorrência, e, que ajudou a moObie a crescer 30% a mais do que no mesmo período em 2019.
“As grandes locadoras têm um plano de expansão massivo que inclui comprar as pequenas locadoras para aumentar sua presença em várias regiões. Decidimos fazer o inverso e dar o suporte para que esses PMEs entrem no nosso marketplace e façam a mudança para o digital sem serem engolidas pelas grandes”, comenta a CEO e fundadora Tamy Lin.
Chamado de Balcão Virtual, o serviço consiste em ajudar as locadoras na segurança e na desburocratização das locações de veículos. A plataforma possui uma tecnologia que realiza o sistema de gestão de reservas, mecanismo anti fraude, meios de pagamentos, digitalização dos documentos, assistência 24h e emissão de seguro, todo este sistema realizado pela interface da moObie. Ficando apenas para as locadoras o trabalho de atendimento de retirada e entrega para os usuários que estão na plataforma.
Após um ano do modelo em operação, mais de 60 carros de locadoras entraram no marketplace da moObie, aumentando a frota disponível para aluguel. Na outra ponta, a rede permanece com o modelo de aluguéis peer-to-peer, que conecta donos de carros a usuários que querem alugá-los por alguns dias por meio de um aplicativo.
“É um sistema vantajoso para as locadoras, pois para elas os custos de aluguel e contratação caem com os carros nas nossas plataformas. Para nós é interessante porque não precisamos comprar carros para serem próprios da moObie”, afirma Tamy.
Carsharing no Brasil
Fundada em 2017, a moObie está presente em todo o país em mais de 190 cidades. Com um forte crescimento em 2020, apesar da pandemia, Tamy acredita que a grande procura pelo serviço se deve graças à mudança de comportamento do brasileiro, causado pela quarentena.
“Vimos duas mudanças interessantes: a primeira é na pessoa que tem receio de pegar o transporte público e opta por alugar um carro para ter mais segurança. Houve várias demandas do gênero e até criamos um plano de aluguel mensal para estes usuários. Na outra ponta, temos o cliente que está de home office e precisa do carro para usar de forma esporádica e a moObie entra como uma solução prática e rápida, porque ele pode fazer toda a parte de contratação pelo aplicativo”, conta.
Além da praticidade digital ser uma tendência cada vez mais forte, o carsharing possibilita um ganho a mais quando associado às opções de mobilidade.
“Não é que a nova geração não quer mais ter o próprio carro, é que hoje existem outras formas de mobilidade mais baratas no mercado, mas ainda tem uma demanda que algumas empresas de viagens por aplicativo não conseguem atender. E nós entramos nessa brecha oferecendo um serviço prático e que exclui problemas de manutenção, revisão e demais impostos que o dono de um carro tem”, finaliza.
“Não é que a nova geração não quer mais ter o próprio carro, é que hoje existem outras formas de mobilidade mais baratas no mercado, mas ainda tem uma demanda que algumas empresas de viagens por aplicativo não conseguem atender. E nós entramos nessa brecha oferecendo um serviço prático e que exclui problemas de manutenção, revisão e demais impostos que o dono de um carro tem”, finaliza.