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Chegada da Keeta impulsiona debate sobre uso de bicicletas elétricas no delivery
Economia do delivery aquece demanda por bicicletas elétricas e destaca importância da regulamentação
Por Administrador
Publicado em 02/12/2025 12:20
Mercado
Reprodução

Com a chegada da Keeta a São Paulo, novo app de delivery que promete aumentar a concorrência com nomes tradicionais do setor, cresce também a demanda por modais alternativos entre entregadores – e a bicicleta volta ao centro da discussão. Hoje, as entregas de bike já representam cerca de 20% do total realizado no Brasil, segundo dados do iFood, evidenciando um movimento claro de trabalhadores em busca de meios mais econômicos, rápidos e sustentáveis para atuar nas ruas. Nesse cenário, fabricantes nacionais como a Oggi Bikes, que já observam um aumento no interesse por modelos urbanos e elétricos, enxergam no momento um ponto de virada para a ciclologística no país.
A busca por eficiência reforça essa tendência. Segundo dados públicos do iFood sobre ganhos médios por entrega e volume diário de pedidos em grandes centros, um entregador recebe, em média, R$ 8 a R$ 12 por entrega, dependendo da região e do horário. Cruzando essa média com estudos do setor de ciclologística, que apontam aumento de 30% a 50% na produtividade ao migrar da bike convencional para uma elétrica, é possível estimar o impacto direto na renda. Mesmo em um cenário conservador, considerando 10 entregas extras por dia, a e-bike pode acrescentar aproximadamente R$ 2.080 por mês ao bolso do entregador (média de R$ 10,40 por entrega × 200 entregas adicionais/mês). Esse ganho é suficiente para que a bicicleta elétrica “se pague” em menos de três meses. Em regiões de maior fluxo, como áreas centrais de São Paulo, onde o volume de pedidos e a velocidade média das corridas são mais altos, o retorno pode acontecer em pouco mais de um mês.
E enquanto esse interesse cresce, outro tema tem gerado dúvidas entre trabalhadores: as supostas “novas regras” para bicicletas elétricas. Na prática, porém, nenhuma nova exigência foi criada agora. A Resolução Contran nº 996/2023 — publicada no fim de 2023 e já em vigor desde então — apenas organizou e padronizou as categorias de veículos leves, esclarecendo o que cada tipo pode ou não fazer. No caso das bicicletas elétricas, a norma define pontos-chave que ajudam quem está pensando em comprar:

- Velocidade máxima permitida:
A bike elétrica pode oferecer assistência do motor até 32 km/h. Acima disso, ela deve funcionar apenas como  bicicleta comum, sem ajuda elétrica.

- Pedal funcional obrigatório:
Para ser considerada bicicleta elétrica e não ciclomotor, o motor precisa depender do pedal. Ou seja, não pode ter acelerador independente. Se acelerar sem pedalar, já é outra categoria e exige CNH e emplacamento.

- Equipamentos obrigatórios:
Toda e-bike deve vir de fábrica com: Indicador de velocidade; campainha; sinalização noturna completa (luz dianteira, traseira e refletores laterais); pneus em boas condições; e espelho retrovisor no lado esquerdo.

- O que não precisa: Por atender a esses requisitos, a bicicleta elétrica não precisa de CNH, não precisa de registro e não precisa de emplacamento. Isso é fundamental para entregadores, pois evita custos extras e burocracias.

É nesse contexto que modelos urbanos de e-bikes vêm chamando atenção entre entregadores. Um exemplo é a Big Wheel 8.0, da Oggi Bikes, que já nasce seguindo todos os critérios da resolução, algo frequente entre fabricantes nacionais que projetam suas e-bikes considerando a regulamentação vigente e a realidade das cidades brasileiras. O modelo reúne bateria integrada removível, motor de 45 Nm, pneus mistos e suspensão dianteira, características que têm sido valorizadas por profissionais que enfrentam longas jornadas e percursos variados.
“O entregador precisa de autonomia, conforto e confiança no equipamento. O aumento do uso de bicicletas, inclusive elétricas, mostra que eles estão buscando soluções que reduzam o desgaste físico e aumentem a eficiência no dia a dia. Para nós, como marca brasileira, é essencial desenvolver produtos que já nascem dentro das normas do Contran e que atendam exatamente essa realidade das ruas”, diz David Peterle, CEO da Oggi Bikes.
Para a Oggi, esse movimento reflete uma tendência mais ampla. Com o avanço do delivery, o custo crescente do transporte motorizado e uma legislação clara sobre o que é ou não permitido, as bicicletas elétricas se consolidam como uma alternativa prática para quem trabalha na rua. Segundo a marca, a demanda por e-bikes se intensifica justamente porque oferecem equilíbrio entre autonomia, conforto e baixo custo de manutenção, fatores que têm impacto direto na rotina dos entregadores.

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