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Caminhões a diesel da Zona Franca de Manaus concentram quase metade das emissões de transporte no Norte
Novo estudo da Rede de Trabalhos Amazônicos (GTA) revela como o diesel afeta comunidades e territórios da região e aponta a eletrificação como caminho para mitigar danos
Por Administrador
Publicado em 19/11/2025 12:09
Ambiente
Reprodução Agência Transporta Brasil

A Rede de Trabalho Amazônico (GTA), membro da rede da Gigantes Elétricos (coalizão que reúne organizações da sociedade civil para acelerar a eletrificação do transporte pesado no Brasil), lançou hoje (18/11), durante a COP30, o relatório “Caminhões a Diesel na Zona Franca de Manaus: Impactos e Alternativas Sustentáveis para a Logística Amazônica”. 
Segundo o estudo, caminhões a diesel que abastecem a Zona Franca de Manaus são responsáveis por quase metade de todas as emissões do transporte na região Norte do Brasil — com graves impactos sociais, climáticos e à saúde. Com 12 estações de recarga rápida, a região poderia operar 300 caminhões elétricos, reduzindo o tempo de viagem em 15% e economizando 5,4 milhões de litros de diesel por ano. para aprofundar sobre as descobertas do relatório. 
O estudo argumenta que o abismo entre as promessas globais e a falta de ação local expõe um grande risco de credibilidade para a indústria, especialmente à medida que a COP30 acontece em Belém — principalmente porque, apesar das metas públicas de emissão zero, a Volvo e a Daimler, que dominam a frota regional, ainda não venderam um único caminhão elétrico na Amazônia.
Entre 2014 e 2022, as internações por doenças respiratórias em municípios amazônicos aumentaram 50%, gerando um custo anual de R$55 milhões ao sistema público de saúde do Brasil. O estudo também chama atenção para as consequências sociais e territoriais das grandes rodovias amazônicas — como a BR-319, BR-163 e a Transamazônica. Essas rotas têm acelerado o desmatamento, a grilagem de terras, atividades ilegais como garimpo e tráfico, e a pressão sobre territórios indígenas e comunidades tradicionais — muitas vezes sem consulta prévia, em violação à Convenção 169 da OIT.

A eletrificação das frotas ao longo desses corredores sensíveis traria benefícios diretos como:
- Redução de ruído e preservação das paisagens sonoras naturais;
- Eliminação das emissões tóxicas locais (NOₓ e PM2.5);
- Menor risco de contaminação da água;
- Criação de corredores de baixas emissões com monitoramento ambiental permanente.

Para garantir uma transição justa e sustentável, o relatório recomenda assegurar o Consentimento Livre, Prévio e Informado dos povos afetados, respeitar os protocolos comunitários de tráfego, implementar medidas de compensação ambiental e tecnológica — como energia solar e conectividade indígena — e garantir que a infraestrutura de recarga seja abastecida por fontes renováveis.

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