Durante a Semana Nacional de Trânsito, celebrada entre os dias 18 e 25 de setembro, a Yamaha Riding Academy (YRA), programa global da Yamaha Motor voltado ao treinamento de motociclistas, compartilha orientações para uma pilotagem mais segura e responsável.
“Tornar o conhecimento sobre segurança no trânsito mais acessível é fundamental para que os motociclistas entendam como cada escolha, da velocidade à posição na via, impacta na prevenção de sinistros”, afirma Rafael Lourenço, gerente de Relações Institucionais da Yamaha Motor do Brasil.
José Roberto Favaro e Hélio Mazzarela, instrutores da YRA, destacam cinco práticas que ajudam a reduzir riscos e aumentar a segurança nas ruas e rodovias.
1 - Percepção de perigo e antecipação de riscos
Ajustar corretamente os espelhos retrovisores, incluindo parte dos ombros do condutor, permite antecipar movimentos de outros veículos, identificar obstáculos e adaptar a velocidade às condições da via, prevenindo acidentes.
Essa atenção é fundamental, pois entre o reconhecimento de uma situação de risco e a reação efetiva existe um intervalo de aproximadamente um segundo. Em uma velocidade de 100 km/h neste intervalo, a motocicleta percorre cerca de 28 metros antes mesmo de começar a frear. Isso significa que, mesmo estando atento e pronto para reagir, o condutor já terá avançado uma grande distância até acionar efetivamente os freios.
Por isso, ao ligar a motocicleta é essencial manter foco total, evitando distrações como o uso do celular. Avaliar constantemente o próprio estado de atenção garante mais segurança e eficácia no processo de percepção, decisão e reação.
2 - Veja e seja visto
Ter ciência que existem pontos cegos de visão entre a sua motocicleta e os demais veículos é fundamental para evitar situações de risco. O motociclista deve evitar pontos cegos de carros e caminhões, trafegando com o farol aceso mesmo durante o dia. Desta forma, a motocicleta fica três vezes mais visível do que a com o farol apagado.
Em cruzamentos e áreas de baixa visibilidade, pequenos deslocamentos laterais da moto ajudam a destacar sua presença.
Outra maneira simples é observar o espelho retrovisor do outro veículo e visualizar a face do motorista no espelho retrovisor. Caso o motociclista não enxergue o rosto do condutor, significa que ele está em ponto cego de visão, ampliando o risco de colisão lateral.
3 - Ilusão de ótica
Em ultrapassagens ou cruzamentos, é comum subestimar a velocidade e a distância de veículos que vêm em sentido contrário, pois o tamanho dos veículos pode gerar uma ilusão de ótica. Em situações de cruzamento, por exemplo, a aproximação de uma motocicleta tende a ser percebida como mais lenta e distante do que a de um carro ou caminhão. Esse erro de avaliação aumenta o risco de acidentes.
Assim, ao se aproximar de áreas de cruzamento, redobre a atenção, reduza a velocidade e garanta que sua presença foi percebida pelos demais motoristas.
4 - Força de impacto e energia cinética
A gravidade de um acidente aumenta proporcionalmente à velocidade e ao peso do veículo. Segundo dados da YRA, uma colisão contra um muro de concreto a 60 km/h equivale a uma queda de 14 metros. Ao reduzir a velocidade para 30 km/h, a força do impacto diminui em 75%. Portanto, controlar a velocidade é uma medida essencial de autoproteção.
5 - Distância de parada
Manter uma distância segura em relação ao veículo à frente garante espaço suficiente para frear sua motocicleta em situações de emergência, diminuindo o risco de colisões traseiras.
O tempo de reação somado ao espaço necessário para frenagem pode ser decisivo para evitar acidentes.
No trânsito urbano é recomendado uma distância de seguimento em torno de 2 segundos e no trânsito rodoviário esta distância aumenta para 3 segundos.