Por Manuel Bernardo*
O desempenho da economia brasileira está atrelado a uma série de variáveis. Uma delas é o transporte, principalmente o de carga, que movimenta a comercialização de produtos e matéria-prima. Neste cenário, o uso de veículos pesados e implementos rodoviários, são peças fundamentais para que o crescimento econômico seja uma realidade.
Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a expectativa é que a economia brasileira cresça 1,9% neste ano, número acima da estimativa oficial que foi de 1,8%, e o setor de transporte terá forte influência neste cenário. Já o Produto Interno Bruto (PIB) do transporte cresceu 2,6% em 2023, no comparativo a 2022. A elevação demonstra como o segmento tem apresentado bons resultados e interferido positivamente na conjuntura macroeconômica.
Seguindo a mesma linha de desempenho e reforçando o aquecimento do setor, o emplacamento de implementos rodoviários registrou elevação de 2,63% em 2024, de acordo com dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (ANFIR). Entre janeiro e abril deste ano foram emplacados mais de 30 mil produtos.
Para que o ramo de veículos pesa
dos continue em ascensão é necessário que o acesso aos implementos pelas empresas e empreendedores seja facilitado, de forma que a demanda de mercado seja suprida. Atualmente, com a taxa Selic ainda elevada, alternativas como o consórcio, por exemplo, se tornam uma ferramenta vantajosa para a aquisição e renovação de frotas. Isso porque, a modalidade financeira é isenta de juros e oferece crédito a preços mais baixos, além de proporcionar a opção de pagamento de parcelas reduzidas. Com isso, o consorciado consegue adquirir o bem sem precisar recorrer ao financiamento ou a empréstimos, que encareceriam o produto.
Os dados da Associação Brasileira das Administradoras de Consórcios (ABAC) apontam para um crescimento de 7,7% nas cotas comercializadas no segmento de veículos pesados, em abril deste ano, se comparado com o mês anterior. No período, foram vendidas mais de 19 mil cotas e comercializados mais de R$ 3 bilhões em créditos. As informações da ABAC reforçam como o segmento acompanha o crescimento econômico e como a modalidade tem sido uma ferramenta capaz de alavancar o mercado de transporte, principalmente.
As expectativas são de que 2024 seja um ano positivo economicamente, entretanto, alguns fatores podem interferir no processo, como por exemplo, os juros altos. Assim, o consórcio, por não cobrar juros, é capaz de manter o poder de compra sem onerar o consumidor com taxas abusivas e conferir estabilidade ao setor. O aumento da procura pela modalidade, conforme apontado, é um indicativo de que ela continuará sendo vista como um meio de compra viável pelos brasileiros e, assim, irá fomentar cada vez mais as engrenagens da economia.
*Manuel Bernardo é gerente comercial do Consórcio Librelato
Imagem: Divulgação Librelato