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Descarte Consciente Abrafiltros recicla mais de 37,2 milhões de filtros usados do óleo lubrificante automotivo
Ambiente
Publicado em 28/02/2024

Criado pela Abrafiltros - Abrafiltros – Associação Brasileira das Empresas de Filtros Automotivos, Industriais e para Estações de Tratamento de Água, Efluentes e Reúso, em 2012, o programa Descarte Consciente Abrafiltros, que hoje está implantado em quatro estados – São Paulo, Paraná, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul, já reciclou 37.185.502 filtros usados do óleo lubrificante automotivo até dezembro de 2023 representando 13.907.378 kg.

“O programa representa a maior iniciativa conjunta de interesse de grupo já realizada pelo setor de filtros automotivos no Brasil, em termos ambientais. Obteve sucesso devido à união do grupo das empresas associadas, a vontade de fazer o programa acontecer, gestão assertiva e o aceite inicial da Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, na pessoa do sr. João Luiz Potenza, que aprovava as propostas, de que a Abrafiltros fizesse um programa-piloto, pelo ineditismo do projeto para o setor. Hoje, é tido como referência pelos órgãos governamentais”, destaca João Moura, presidente-executivo da Abrafiltros, acrescentando que os números positivos do programa também se devem, especialmente, ao apoio das empresas associadas, diretoria, parceiros logísticos, toda equipe de trabalho e os próprios órgãos ambientais nos Estados que já regulamentaram a logística reversa para os filtros usados do óleo lubrificante automotivo – São Paulo, Paraná, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul, com os quais a Abrafiltros mantém relacionamento. Segundo Moura, desde a fundação da Abrafiltros em 2006, a associação já se preocupava com a sustentabilidade, e essa união de todos os envolvidos é que faz o programa ter sucesso e reconhecimento.

Marco Antonio Simon, gestor do programa, explica que em 2022 foi contratada uma consultoria especializada para desenvolver um Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica para o setor, e em linha com informações anteriores que já tínhamos, foi feita uma pesquisa de iniciativas similares em outros países, e não se encontrou ação similar pelo volume de filtros reciclados, abrangência, empresas envolvidas e resultados, o que demonstra a capacidade da Abrafiltros como entidade gestora e relevância para o mercado. “Esse trabalho é fundamental para que os associados aderentes ao programa, possam cumprir as legislações de logística reversa pós-consumo dos filtros usados do óleo lubrificante automotivo”, afirma.

Atualmente, 36 empresas participam do programa - AGCO do Brasil Soluções Agrícolas Ltda; Agritech-Lavrale Indústria de Maquinário Agrícola e Componentes Ltda; Borgwarner Indústria e Comércio Brasil Ltda; Caoa Chery Automóveis Ltda.; Caterpillar Brasil Comércio de Máquinas e Peças Ltda, Caterpillar Brasil Ltda., CNH Industrial Brasil ltda.; Cummins Filtration do Brasil; DAF Caminhões Brasil Indústria Ltda; Donaldson do Brasil Equipamentos Industriais Ltda.; Ford Motor Company Brasil Ltda.; FPT Industrial Brasil Ltda.; General Motors do Brasil Ltda.; Hengst Indústria de Filtros Ltda.; John Deere Brasil Ltda.; Kawasaki Motores Brasil Ltda.; Magneti Marelli Cofap Fabricadora de Peças Ltda.; Mahle Metal Leve S.A.; Mann+Hummel do Brasil Ltda./Filtros Wix; Mercedes-Benz Cars & Vans Brasil Ltda.; Mercedes-Benz do Brasil; MWM Motores e Geradores; On-Highway Brasil Ltda.; Parker Hannifin Indústria e Comércio Ltda. – Divisão Filtros; Renault do Brasil Comércio e Participações Ltda.; Renault do Brasil S/A.; Rheinmetall Automotive – Motorservice Brazil; Robert Bosch Ltda.; Scania Latin América Ltda; Sofape Fabricante de Filtros Ltda./Tecfil; Sogefi Filtration do Brasil Ltda./Filtros Fram; UFI Filters Do Brasil Ind. e Comércio de Filtros Ltda; Volkswagen do Brasil Ltda.; Volvo do Brasil Veículos Ltda., Wega Motors Ltda e Yamaha Motor do Brasil Ltda.

“O número de empresas aderentes ao programa tem aumentado significativamente devido à fiscalização dos órgãos ambientais, especialmente da CETESB (SP)”, ressalta Simon. O volume de adesão ao programa de logística reversa de filtros usados do óleo lubrificante automotivo foi 50% maior em 2023, em relação ao total de participantes de 2022, passando de 24 para 36 empresas. Ele explica que desde 2018, a comprovação do cumprimento da logística reversa é obrigatória para a concessão e/ou renovação da licença de operação para empresas sujeitas à fiscalização ambiental no Estado de São Paulo. Hoje, Paraná e outros estados já possuem legislações similares, o que contribui para que as empresas do setor cumpram a legislação, o que pode ser feito por meio de um plano de logística reversa individual ou coletivo.

“No entanto, participar de um sistema coletivo como o programa Descarte Consciente Abrafiltros é o melhor caminho para que as empresas cumpram a legislação, uma vez que no nosso sistema, somente precisam fornecer as informações necessárias e arcar com os custos financeiros”, explica Simon. “A Abrafiltros cuida de toda a gestão, controle de metas, prestadores de serviço, logística, contatos governamentais, emissão de relatórios, ações de comunicação, documentação jurídica do programa como Termos de Compromisso, elaboração de Planos de Logística Reversa, entre outras ações. Além disso, por ser uma iniciativa de grupo, os custos totais são reduzidos em relação às iniciativas individuais”.

Para Simon, 2023 foi um ano bastante desafiador não só pela entrada das empresas, mas também pelo processo de implantação das plataformas digitais pelos órgãos ambientais. “Ainda há um grande desafio a ser vencido, que é a integração das plataformas estaduais e nacionais em relação ao Manifesto de Transporte de Resíduos eletrônico – MTR online, sendo muito importante que estados e a União estabeleçam regras unificadas para evitar trabalhos em duplicidade”, enfatiza. Da mesma forma, é de grande importância que a União, Estados e municípios se alinhem em relação às legislações de logística reversa pós-consumo, para que as legislações não sejam divergentes, comprometendo, assim, os sistemas de logística reversa como um todo.

Funcionamento do programa

No Descarte Consciente Abrafiltros, o filtro do óleo lubrificante automotivo usado é triturado, há também a separação do metal do elemento filtrante e do óleo lubrificante usado contaminado (OLUC). O metal contaminado com óleo não é aceito pela indústria siderúrgica, por isso é lavado e descontaminado para estar apto ao reprocessamento. Em seguida, o óleo removido é recuperado junto com o que está contido no filtro – o OLUC, que vai para rerrefino na própria Supply Service, e que é homologada pela ANP - Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis - também faz o processo de coleta e da reciclagem. Já o elemento filtrante segue para as cimenteiras para ser utilizado como combustível para gerar calor, enquanto as cinzas são incorporadas ao clínquer e se transformam em cimento.

Atualmente, são usados 28 caminhões para fazer a coleta dos filtros usados, que rodam nos quatro Estados, percorrendo uma quilometragem média mensal de 121.275 km.

Desafios do programa

“O processo de tratamento dos filtros é bastante complexo e há pouquíssimas empresas no País que estão aptas a realizar o processo em larga escala ou dentro dos padrões ambientais necessários, por necessitar de documentação e equipamentos especializados que foram sendo desenvolvidos e aprimorados pelas empresas envolvidas, sendo uma operação pioneira no País e no mundo”, ressalta Simon. Assim, segundo o gestor, dificuldades para futuras implementações podem surgir em outros Estados.

Outro ponto desafiador é a plataforma digital. “Os órgãos ambientais de São Paulo e Paraná migraram os controles para plataformas digitais, o que gera uma série de novas obrigações para as empresas e entidades gestoras, mas, em contrapartida, isso tende a ampliar o controle em relação aos setores envolvidos na logística reversa”, destaca.

Programa está em evolução constante

O programa continuará evoluindo devido aos avanços das legislações ambientais e das fiscalizações. Para 2024, a meta estabelecida para São Paulo é de 32%, 1.424.374,19 kg de filtros reciclados, em 220 municípios e 2.732 pontos de coletas. Já no Paraná, 28%, 440.066,77 kg, em 74 cidades e 745 pontos de coleta, enquanto no Espírito Santo, 21%, 423.890,02 kg, em 41 municípios e 802 pontos de coleta. 

No Mato Grosso do Sul, as novas metas para 2024 estão em aprovação pelos órgãos ambientais. Em 2023, a meta foi de 59% dos filtros comercializados no ano anterior, totalizando o volume de 258.330,50 kg e o programa atingiu 104,41% da meta, reciclando 269.715,23 kg, com 582 pontos de coleta em 63 municípios.

Simon ressalta que as metas em quilos estão atualizadas e foram provisionadas já considerando os dados de comercialização de 2023 fornecidos pelas empresas aderentes ao programa.

Imagem: Divulgação Abifiltro

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