*Por Cássio Krupinsk
No caminho sem volta rumo à digitalização das economias, a tokenização é uma forma mais do que comprovada de agilidade e segurança na oferta de bens, produtos, serviços e direitos e está estimada em chegar a US$ 16 trilhões, ou 10% do PIB global, segundo um estudo da consultoria Boston Consulting Group (BCG) em parceria com a ADDX até 2030.
Até mesmo as instituições financeiras tradicionais já se preparam para transformar o setor com iniciativas nessa direção. A tokenização de contratos de financiamento de veículo pode ser a próxima delas.
O processo seria basicamente o registro de um contrato de financiamento de um veículo, por exemplo. De um lado, o banco disponibiliza a oferta de crédito e do outro, o comprador adquire o token, dando o start para o processo de liberação do banco x dono do ativo. Tudo acontece via blockchain, gerando uma adesão digital e controle total de processos entre as partes. Trata-se do uso da mais alta tecnologia para promover facilidade e capilaridade à operação e escalar a oferta de financiamento para compra de veículos.
Ou seja, com a blockchain intermediando as transações, todos os envolvidos se beneficiariam de uma plataforma robusta e integrada, que possibilita o registro das operações de crédito de forma rápida, segura e eficiente, resolvendo em minutos processos burocráticos que levariam dias. Sem contar a automatização de pagamentos, que ajudaria a evitar atrasos, simplificando a gestão financeira.
Além das grandes possibilidades da tokenização para a economia, também fomenta o setor e suas aplicações também fomenta o setor e suas aplicações a abertura do Banco Central para o tema, impulsionada pelo desenvolvimento do Real Digital que tem lançamento previsto para 2024.
Com todo esse cenário se solidificando no mercado brasileiro, as instituições tendem a seguir uma evolução natural que leva a novas formas de fazer negócios, privilegiando sobretudo a inclusão financeira, e claro, facilitando a vida de muitas pessoas.
Diante de todo o contexto, a tokenização já é uma tendência reforçada pela proposta da web 3.0, de ampliar a virtualização das relações. Portanto, as transações comerciais em todo o mundo em diversas frentes prometem desempenhar um papel cada vez mais significativo na transformação do cenário financeiro.
* Cássio Krupinsk é CEO da BLOCKBR
Imagem: Repodução