As auroras boreais, espetáculos naturais de luzes coloridas que eventualmente iluminam os céus da região ártica do planeta, são fenômenos fascinantes que encantam observadores do mundo inteiro. No entanto, a visualização desses espetáculos celestes não é apenas uma questão de estar no lugar certo na hora certa.
Marco Brotto, especialista em expedições de caça à aurora boreal - com mais de 120 viagens em busca do fenômeno - lista alguns fatores que podem influenciar a experiência de ver as auroras boreais em toda a sua beleza.
“Ver a aurora boreal é, para a maioria dos viajantes, um sonho que está sendo realizado. Porém, antes de cair na estrada, é importante entender que a visualização nunca é garantida. Há, sim, pessoas que retornam frustradas de suas viagens por não terem conseguido viver esse momento”, relata Brotto, que é conhecido por sua taxa de 100% de sucesso de visualização de auroras nas expedições realizadas até hoje.
Ele explica que não é simples ficar frente a frente com uma aurora, mas é possível realizar esse sonho com todo o encantamento que ele merece, sendo bem guiado por um especialista e tendo conhecimento sobre os fatores que mais influenciam esse momento. São eles:
- Interferência de luz: A poluição luminosa proveniente de áreas urbanas e fontes artificiais de luz pode prejudicar significativamente a visualização das auroras boreais.
- Localização geográfica: A proximidade do observador ao círculo polar ártico ou a regiões polares influencia a probabilidade de visualizar as auroras boreais. Quanto mais próximo da zona auroral você estiver, maiores serão suas chances de testemunhar esse espetáculo.
- Capacidade de visualização de cor: A capacidade individual de enxergar cores e tons desempenha um papel crucial na apreciação. Algumas pessoas podem ver uma variedade mais ampla de cores nas auroras, enquanto outras percebem tons mais sutis.
- Movimento do observador: O movimento e a orientação do observador também podem afetar a experiência. As auroras boreais podem ser dinâmicas e em constante mudança, e a escolha do ângulo de visão pode revelar diferentes aspectos desse espetáculo.
- Poluição atmosférica: Partículas suspensas na atmosfera, como poeira, fumaça e poluição do ar, podem distorcer ou obscurecer a visão das auroras boreais. É por isso que noites de ar limpo e céu estrelado são ideais para a observação.
- Atividade solar: A atividade solar desempenha um papel fundamental na sua formação. Ciclos solares afetam a frequência e a intensidade das auroras. Estar ciente desses ciclos pode aumentar as chances de uma visualização espetacular.
Embora apreciar as auroras boreais possa ser desafiador devido a esses fatores, a experiência é inegavelmente recompensadora. “A busca por esse fenômeno celestial leva a jornadas emocionantes. Coleciono expedições de caça às Luzes do Norte em todos os países do Círculo Polar Ártico e, mesmo assim, cada aurora é única”, conclui Brotto.
Imagem: Marco Brotto - A visualização desses espetáculos celestes não é apenas uma questão de estar no lugar certo na hora certa. - Divulgação