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Sem logística reversa, baterias de carros elétricos podem virar 43 mil toneladas de lixo perigoso até 2030
28/08/2023 09:19 em Ambiente

Levantamento feito pela Universidade Veiga de Almeida (UVA) em 2022, aponta que a ausência de uma regulamentação para a logística reversa das baterias que armazenam a eletricidade dos veículos elétricos representa um potencial risco ambiental para o país, apesar do impacto positivo da tecnologia usada nesses automóveis na redução de emissões de gases de efeito estufa. Segundo os dados, se não houver boas práticas de descarte, as baterias de carros elétricos podem virar cerca de 43 toneladas de lixo perigoso até 2030. Embora a inserção desses veículos seja cada vez mais pronunciada no Brasil e no mundo, nem todos os impactos ambientais são potencialmente positivos.
Para especialistas, é preciso a realização de debates e regulamentações para o aumento do fluxo da logística reversa de baterias de carros elétricos. Segundo o Coordenador do Curso de Engenharia Mecânica da Faculdade Anhanguera, Mauro Paipa Suarez, essas desvantagens precisam ser analisadas, visando o meio ambiente e a qualidade de vida da população. “Desde sua fabricação, até o seu descarte, o uso da modalidade de VEs ainda conta com grandes desafios em relação a produção, tempo de vida e, principalmente, ao descarte das baterias. Existem propostas de reaproveitamento, mas isso não resolve o problema do descarte do material, que causa um enorme impacto ao meio ambiente, podendo ser letal até 2030”, diz.
Para Mauro, apesar da alta usabilidade de veículos elétricos, o crescimento ainda é lento, em função desconfiança por parte da população. Ele acredita ser necessário prestar atenção aos materiais utilizados nas baterias dos VEs, antes que eles sejam popularizados. “Este mercado continuará a crescer com a evolução da modalidade, principalmente, no Brasil. Porém, ainda é necessário resolver os problemas de uso de materiais adequados na construção das baterias, com o melhoramento nas velocidades e carregamentos, antes deles serem adquiridos pela população nos próximos anos”, conclui o professor.

Foto: Divulgação Anhanguera

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