Nesta época do ano as estradas ficam repletas de carros de passeio e veículos de transporte pesados. Para garantir a segurança de todos, uma das recomendações é fazer a revisão e se atentar a um item importantíssimo: calibrar os pneus. Porém, ao enchê-los com ar comprimido, eles tendem a esvaziar mais rápido. Por este motivo, muitos motoristas optam por calibrar os pneus com o nitrogênio, que por ser um gás inerte, proporciona baixa alteração de pressão em função da temperatura à qual é exposto, garantindo menor desgaste.
Utilizado principalmente nos carros de corrida e nos veículos que transportam produtos inflamáveis, o nitrogênio também é recomendado em carros de passeio. Porém, para veículos pesados ele é ainda mais vantajoso. “Quando oferecemos calibragem apenas com nitrogênio para frotas de caminhões, diminuímos o tempo entre calibragens por uma razão simples: as moléculas desse gás são maiores e demoram mais para sair pela borracha do pneu, que é permeável”, explica Omar Abreu, vendedor técnico da Air Products.
Ele conta ainda que, na prática, veículos de transporte que utilizam ar comprimido precisam ter seus pneus calibrados semanalmente ou, no máximo, a cada 15 dias. Com o nitrogênio, esse tempo se prolonga para até 45 dias. “O nitrogênio representa em média 5 a 10% de ganho na primeira vida útil do pneu e economia de cerca de quatro pneus por mês para frotistas”, conta.
Além disso, a perda de pressão é reduzida devido à baixa taxa de difusão do nitrogênio através da borracha do pneu (entre 25 a 35% menor que o ar comprimido). “Ele mantém a estrutura interna e os fios de aço do pneu em perfeito estado em razão da ausência de contaminantes como óleo, água e oxigênio. E apresenta menor alteração de pressão e temperatura após longos percursos, o que proporciona o aumento de vida útil do pneu.”
Segundo ele, uma grande vantagem está na segurança, já que em frenagens de emergência o equilíbrio de pressão nos pneus evita que o veículo puxe para um dos lados devido diferenças na aderência. “O nitrogênio é um gás totalmente inerte, não é comburente, explosivo nem inflamável e está presente no ar atmosférico na proporção 78% nitrogênio, 21% oxigênio e 1% gases raros e hidrocarbonetos”, explica.
“O segundo maior custo do transporte rodoviário hoje é, sem dúvida, o pneu, perdendo apenas para o combustível. O nitrogênio representa economia, principalmente para frotistas”, conclui.
A calibragem com nitrogênio acontece por meio da filtragem do ar comprimido de um compressor comum feita por equipamentos de geração local, as “Membranas PRISM®”. Os equipamentos fazem a separação do nitrogênio de outros componentes para o abastecimento. Eles podem ser instalados em oficinas, concessionárias e postos de combustível.
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Foto: Reprodução