A época de pandemia não só impactou a saúde e o setor sanitário do país, mas também a economia como um todo. E um destes setores foi a de vendas de automóveis.
Ainda engatinhando para recuperar-se, de acordo com a Anfavea, 2021 teve um aumento de apenas 3% na venda de carros em relação ao ano anterior, 2020, totalizando 2,120 milhões de unidades no país.
Se olharmos os índices mundiais, são 10 milhões de unidades a menos em 2021 em relação ao ano anterior. De acordo com a consultoria internacional BCG, só em 2025 a produção mundial voltará ao patamar de 2017: com 95 milhões de unidades de veículos leves vendidas.
Esse recuo se deve, principalmente, pelas dificuldades de logística, crise na oferta de semicondutores e outros efeitos da pandemia. Entre esses efeitos, o aspecto financeiro que as pessoas passaram durante o período, e também a de quarentena, onde muita gente evitou sair de casa sem necessidade por muito tempo.
Uma boa alternativa
O que muita gente não sabe é que hoje é possível comprar carros pela Internet, com a comodidade de estar em seu lar, de forma totalmente segura. Não só pessoas físicas oferecem essa possibilidade, mas especialmente lojas e concessionárias reconhecidas – que cada vez mais investem no ambiente online.
“Ao oferecer uma plataforma de compra digital para o cliente, as concessionárias começam a se diferenciar neste mercado tão tradicional e competitivo. Com tantos players atuando neste segmento, mais do que oferecer uma forma inovadora de compra, as concessionárias ficam alinhadas com as tendências de consumo do mercado. Com essa estratégia diferenciada, além de atingir um público maior, as concessionárias ainda reforçam seu posicionamento no mundo digital”, afirma Heitor Bover, CEO da eMutua Digital, startup que oferece a plataforma online e consultoria para lojas terem seu próprio e-commerce.
Um exemplo de como este mercado teve uma alta está também no site horizontal de classificados OLX, que relatou ter cerca de 200 mil anúncios por mês no setor automotivo. O que equivaleria a 25% dos carros transacionados no país. Desses, porém, 90% são de anúncios de carros usados. Se o consumidor procura carros novos, o ideal pode ser procurar uma concessionária online, como é o caso da Olegario Motors, concessionária que realiza diversos tipos de serviços online.
Com 32 anos desde o início das atividades, e apesar de ter uma estrutura física com mais de 250 opções de carros novos e seminovos, a concessionária não se limitou à geografia e resolveu lançar seus serviços de forma online.
“O intuito é proporcionar uma experiência digital tão completa quanto a experiência física. A ideia é que o cliente possa ter todas as soluções físicas em nosso site, como visão geral do estoque, comparação entre modelos, especificações técnicas, fotos detalhadas, tour 360, simulação de financiamento, simulação de seguro, compra de acessórios e agendamento de serviços”, comenta Nikolas Olegario, 27, Gerente Geral do Grupo Olegario.
A loja inclusive oferece facilidades como a simulação de um financiamento com diversos tipos de cenários, de acordo com a condição financeira do cliente.
“O financiamento é bastante simples, não sendo mais necessário preencher um formulário com muitas e muitas informações e que parece não ter fim. Com apenas alguns dados, e claro que totalmente protegidos conforme lei LGPD , já é possível receber em poucos minutos um contato sobre a aprovação do credito”, diz Nikolas Olegario.
O empresário ainda destaca como a tecnologia pode tornar as coisas ainda mais interessantes:
“O digital abre outros caminhos que não se limitam apenas a experiência física. Imagine poder fazer o upload da imagem da sua garagem e simular como o carro fica estacionado em sua casa com um óculos de realidade aumentada”, afirma.
Loja em ambiente digital exige expertise
No entanto, é preciso muito preparo, expertise e cautela para atuar em um negócio digital que realmente funcione e proporcione uma experiência satisfatória para os clientes.
“A venda digital proporciona escalonar nossas vendas, sem limitações geográficas. Mas é preciso estar muito bem preparado. Para a empresa encarar as vendas digitais, é preciso realizar uma grande estruturação no atendimento, marketing e principalmente pós-venda adequado. Os departamentos, além de maiores, precisam estar organizados com fluxo de tarefas que conectem o atendimento digital e físico”, afirma Nikolas.
“Implantar um comércio eletrônico é um grande passo para qualquer empresa, mas se torna ainda mais desafiador para empresas de médio e grande porte, que já possuem uma carteira de clientes e uma estrutura física conhecida. Ao posicionar a sua marca no mundo digital as empresas geram uma expectativa em seus clientes, que buscam na compra digital uma experiência mais dinâmica, mas sem perder a qualidade no atendimento. Para não gerar danos para a marca, e potencializar ainda mais esse novo canal de vendas, essa estratégia deve ser muito bem executada por uma equipe especializada e experiente, e o comércio eletrônico deve, necessariamente, ser desenvolvido em uma plataforma sólida e confiável” comentou Heitor Bover, CEO da eMutua Digital.
Comprar na Internet, portanto, não se limita mais apenas a artigos de casa, eletrodomésticos ou eletrônicos. Cada vez mais o brasileiro nota que pode usufruir do serviço para outros produtos, como o caso de um carro, peças ou artigos um pouco “maiores”.
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