A Davinci Micromobilidade acredita no renascimento das cidades no pós pandemia. A nova marca brasileira começou a ser desenvolvida há mais de um ano por três sócios ligados diretamente ao tema da mobilidade urbana. A marca de veículos elétricos será lançada inicialmente com um linha de patinetes para o consumidor final. A fábrica, instalada em Manaus, é a primeira empresa de equipamentos nesta categoria fora do sudeste asiático, preenchendo uma lacuna em um mercado em crescimento. Todas as vendas de produtos Davinci serão feitas por e-commerce. A empresa pretende ter oficinas e showroom instalados em todas as cidades brasileiras acima de 1 milhão de habitantes.
Segundo Eduardo Musa, CEO da Davinci Micromobilidade, está sendo observada uma transformação da visão das cidades pela população de uma forma geral. Este movimento em busca de soluções para deslocamentos urbanos vem sendo realizado em várias metrópoles mundiais. O surgimento da pandemia foi um motivador a mais para este processo, com uma busca maior de alternativas para deslocamentos, principalmente em distâncias curtas. “Não há dúvida de que estamos em um período de reinvenção das cidades”, comenta Musa. Ele observa que as pessoas estão priorizando a compra de equipamentos, especialmente neste momento, em função da saúde. E acrescenta que o mundo, na retomada e no pós pandemia, vai ser muto diferente.
A busca por soluções
“Investi boa parte da minha carreira repensando a mobilidade. Estamos vivendo um momento único de questionamento do status quo, de busca por mais simplicidade. As cidades estão finalmente entendendo que quanto mais alternativas, melhor”, diz Eduardo Musa, que completa: “o movimento é muito maior do que o que ocorreu dois anos atrás. A gente quer facilitar o acesso de mais pessoas a equipamentos confiáveis, práticos e sustentáveis. Dá para fazer uma revolução quando muita gente muda um pouco ao mesmo tempo”. Para James Scavone, CCO da Davinci, a marca deverá atrair apaixonados por mobilidade e aqueles que querem ajudar a repensar o fluxo de pessoas nas grandes cidades brasileiras.
Scavone comenta que estamos lidando com uma mudança de comportamento muito enraízada, a paixão por automóveis: “Então queremos questionar, questionar, questionar. A mudança para meios de transportes mais leves e menos poluentes como os patinetes é boa individualmente e ótima para a sociedade como um todo. Nossa marca nasce com o propósito claro de melhorar a qualidade de vida das pessoas e dos bairros”. João Ludgero, COO da Davinci, acrescenta que “hoje em dia, o deslocamento de carro não é mais prazeroso. Há congestionamentos e falta de vagas de estacionamento. A micromobilidade é libertadora em vários aspectos e este sentimento tem valor.”
A solução dos Patinetes
A procura por um transporte individual não poluente aumentou muito nos últimos meses. “No caso das bicicletas, a demanda explodiu e as cadeias de suprimento não estavam prontas para a atender. Já os patinetes, são uma novidade quando se fala em uso para mobilidade urbana”. Até a chegada destes equipamentos com a Yellow, eles eram vistos exclusivamente como lazer - a mesma visão da bicicletas no passado. Hoje existe uma carência de patinetes no mercado. “As pessoas ficaram órfãs, não há referência de produtos ou marcas. Um leigo pode encontrar ajuda para comprar uma bicicleta, mas, no caso do patinete, ainda não”. Os patinetes Davinci devem preencher esta lacuna.
A venda dos patinetes será feita inicialmente por e-commerce, mas para orientar os novos adeptos, a Davinci terá um showroom, em que os interessados poderão ver e experimentar os equipamentos. O primeiro deles, inaigurado na Vila Nova Conceição em São Paulo, tem uma oficina autorizada, para reparos, compra de acessórios e manutenção. Os dois modelos lançados inicialmente, o DV1 e o DV2, custam R$4.999 mil e R$5.999 mil. Ambos são dobráveis e pesam até 14,5kg. Sua autonomia é de, em média, 20km e 30km (com bateria totalmente carregada). Os dois modelos foram desenvolvidos para atender as necessidades da mobilidade urbana, pensando em características variadas das cidades brasileiras.
Segundo Eduardo Musa, “o patinete se integra perfeitamente ao uso misto com o transporte público, como primeira ou última milha, por suas dimensões, peso e sua capacidade de ser dobrável. Ele pode ser colocado dentro de uma mochila, por exemplo, e levado dentro do metrô, ônibus ou mesmo no elevador, ao chegar ao trabalho. Outros equipamentos de mobilidade, não sendo dobráveis ou compactos, não possibilitam essa facilidade. O patinete, em nossa visão, é o único que se integra facilmente a outros modais. Ele tem outra característica interessante que é poder ser colocado facilmente no porta-malas de um carro, seja particular ou mesmo um táxi ou veículo de aplicativo”.